quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Liturgia de Natal

Celebramos o cumprimento das promessas de Deus de realizar uma aliança com toda a humanidade e estabelecer o seu Reino. Na fragilidade da criança que nasceu em Belém, contemplamos o mistério da revelação de Deus em nossa história.

A noite que destruiu a grande noite. Vamos celebrar a Noite de Natal. Uma noite que será seguida por um dia no qual não haverá mais trevas. "Será sempre dia, não haverá mais noite e ao entardecer a luz brilhará" (Zc 14,7). Esta noite que vamos celebrar foi vencida para sempre pela luz de Cristo e precede a aurora de uma nova história.

O belo cântico de Isaías anuncia à humanidade que caminha nas trevas, símbolo do nada e do mal, uma grande luz; uma alegria, uma felicidade quase instintiva como na hora da colheita; a paz e a liberdade: as correntes, as varas dos torturadores e opressores foram enfim quebradas pelo Senhor dos pobres e oprimidos; 'um menino nasceu para nós', uma criança, sinal de um mundo novo cujos nomes serão 'Conselheiro admirável, Deus forte, Pai para sempre, Príncipe da paz' nasceu.

O relato do Natal em Lucas, é uma reprodução do Cântico de Isaías. Para a humanidade afundada no sono e no frio, aparece a luz de Deus, uma grande alegria. É a paz que entra no mundo. Neste Menino está a raíz da esperança "Salvador, Cristo Senhor".

Os primeiros que têm ouvidos abertos para esta "Boa Nova" são os pastores, eles têm olhos para ver naquela criança, nascida como um filho de migrantes, a fonte de nossa Salvação. São eles, os últimos da terra, que buscam e encontram e se tornam missionários de Cristo: "todos os que os ouviram ficaram maravilhados com aquilo que contavam" (Lc 2,18).

Nós também podemos, como eles, enxergar a luz, nascer de novo, começar uma existência diferente. Na manjedoura de Belém inicia nossa Salvação, que se realizará plenamente no sepulcro de Jerusalém, no Mistério Pascal de Cristo. Também podemos chamar a Liturgia que iremos celebrar nesse final de semana de "a Pásco do Natal". A luz dessa noite é lampejo da luz da manhã de Páscoa, o dia da redenção.


(Texto extraído do Informativo Celebrar e Amar)

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